quinta-feira, 18 de julho de 2013

Os desafios de Ancelotti em Madrid

Um homem que passou oito anos no AC Milan e venceu mais Champions (2003 e 2007) do que campeonatos (2004) parece o treinador certo para um Real Madrid obcecado pela 'décima'. Não sou fan. Nunca fui. Para mim um grande treinador ganha campeonatos... e aqueles oito anos no Milan com apenas um scudetto não me permite ver que se calhar até é um grande treinador. Ok, duas Champions merecem muito crédito. Quase foram três. Como é que perdeu mesmo aquela final a vencer 3-0 o Liverpool ao intervalo? Pois, também responsabilizo o treinador.

Sim, no Chelsea calou-me com aquela dobradinha logo na primeira época (2010). Na segunda terminou a nove pontos do campeão United. Em 2011/2012 mudou-se para o PSG a meio da época e herdou a liderança do campeonato... o que fez? Perdeu o campeonato, deixou-se ultrapassar pelo surpreendente Montpellier, que venceu a Ligue1 com mais três pontos. Na segunda época em Paris, a primeira com direito a pré-época (lets be fair), Ancelotti venceu a liga francesa. O PSG não é nenhum colosso e desengane-se quem o pensa. O Paris Saint-Germain é um clube jovem, criado em 1970, que conta apenas com três campeonatos na sua história (1986, 1994 e 2013). Pouquinho, hein? Porém, essa não era uma desculpa aceitável e o título era obrigatório, o treinador italiano contava com jogadores como Thiago Silva, Van der Wiel, Alex, Verratti, Lucas Moura, Ménez, Pastore, Lavezzi e Ibrahimovic.

E finalmente, Madrid. O que normalmente é um pesadelo - suceder a Mourinho - não o é na capital espanhola. Primeiro, a época passada dos merengues foi um desastre. Depois, Carlo Ancelotti terá a (fácil?) missão de serenar os ânimos no balneário e aproximar os adeptos da equipa. Quem sabe, terá ainda a tarefa de devolver a magia e sedução que embalou o Real Madrid desde sempre (charminho italiano?). Mourinho tem muitas qualidades, mas por vezes danifica a imagem dos clubes com as guerras que compra a toda a hora, e é por isso que, para mim, o Manchester United nunca pensou nele. O Real Madrid, que era um clube consensual e mundialmente admirado, passou, com Mourinho, a ser aquele clube que se adora ou odeia. É Mourinho o responsável. "E a imprensa!!!", dizem alguns de vocês...

Os desafios de Ancelotti

Liga
Nos últimos dez anos o Barcelona venceu seis campeonatos, enquanto o Real Madrid conquistou apenas três (Valência venceu a liga em 2003/2004). Interromper a hegemonia do Barça é uma missão quase impossível, arrisco, mas quem sabe... Mourinho ameaçou mas na última época os catalães passearam (terminaram com +15 pontos).

Contagem de pontos dos últimos dez anos:
Barça: 854
Madrid: 832
pontos possíveis: 1140

Décima
A obcessão. José Mourinho esteve perto de disputar a final da Liga dos Campeões mais do que uma vez mas não foi capaz de dar esse passo em frente. O italiano Ancelotti poderá ser o homem certo. No ano passado fez tremer o Barcelona ao serviço do PSG. E, obviamente, não podemos esquecer o seu trajecto no AC Milan, onde venceu duas Champions e esteve perto de conquistar a terceira (3-0 Liverpool, ao intervalo).

Cristiano Ronaldo
Os números do #7 têm sido de outro mundo. O grande objectivo é que o português mantenha os níveis de qualidade, confiança, ambição e desempenho. Felizmente para Ancelotti, ninguém o quer mais do que o próprio jogador.

Casillas
Voltar a ser o rei de Madrid. Esta é a ambição do jogador e dos adeptos. Acredito que Ancelotti vai voltar a fazer de Casillas o nº1 inquestionável. O treinador italiano está habituado a 'monstros' no balneário e sabe a importância que é tê-los do seu lado.

Kaká
O brasileiro foi um super-jogador no AC Milan com Carlo Ancelotti. Este é um daqueles desafios que soa a milagre... mas não duvido que estará na mente do treinador recuperar Kaká. O futebol merecia...

Xabi Alonso
Convencer o basco a renovar contrato parece-me que estará na mente de Ancelotti. O médio defensivo poderá ser o seu Pirlo para a eternidade. (Se há coisa que me agrada em Ancelotti foi a transformação de Pirlo...)

Juventude espanhola
Curiosa a mudança de política no Real Madrid. Eu chamo-lhe sobrevivência. Florentino Perez apostou tudo em José Mourinho. Deu-lhe todos os poderes, cedeu a todos os seus caprichos, fez dele o "puto amo y el puto jefe", como lhe chamou em tempos Pep Guardiola (ámen)... porém, no final, o filme terminou mal. Os adeptos já não queriam Mourinho, os jogadores não estavam com Mou e, dizia-se, não se davam bem entre eles, nomeadamente portugueses e espanhóis. O que decidiu Florentino fazer para serenar os ânimos? Contratar espanhóis com grande valor (Isco, Illarramendi e Carvajal). Desta forma, a armada espanhola ganha peso no balneário e os adeptos identificam-se mais com a equipa. Se há povo nacionalista e que tem orgulho na sua gente é o espanhol...

Posse de bola vs transição rápida
Finalmente, a identidade. José Mourinho privilegiava as transições rápidas, recorrendo a Di Maria, Ozil, Benzema e Cristiano Ronaldo. Como será com Ancelotti? Quererá um jogo mais pausado? Mais controlo? Mudar o chip da equipa será um dos argumentos para acompanhar nesta equipa.

domingo, 14 de julho de 2013

Adnan Januzaj. O próximo Giggs?

Às vezes perco a cabeça... eu sei. Ver uns minutos de um miúdo de 18 anos a tocar na bola e achar que pode sequer aproximar-se do galês, que conta com 35 troféus no currículo, é loucura. Mas é um feeling. Tem, desde já, um factor contra si: já não tem por perto Sir Alex Ferguson. Com esse senhor 'na área' eu pareceria menos tresloucado... bom, 'deslarguem-me'. Admito que só ganhei coragem para escrever este texto quando lancei a corda no Twitter a dizer "Adnan Januzaj: the next Giggs?" e o Bible of Futbol - whatever that is - fez retweet.

Januzaj. Quem? É um miúdo de 18 anos. Nasceu no dia 5 de Fevereiro (1995), tal como Cristiano Ronaldo - uhhhhhhhhh. O esquerdino é natural de Bruxelas e tem descendência kosovar, daí o nome esquisito que até Alex Ferguson admitiu não saber pronunciar, pelo que resolveu chamar-lhe apenas Adnan - FYI: acho que se diz ia-nu-zai. O Manchester United contratou-o ao Anderlecht em 2011. Januzaj foi eleito o melhor jogador das reservas do clube inglês e mereceu a atribuição de um número (44) para o plantel principal durante a época passada. Até chegou a estar no banco contra o West Brom na última jornada, o tal que terminou 5-5, mas não entrou... nesse dia, foi um compatriota seu o herói. Lukaku entrou ao intervalo e assinou um hattrick. Huyyyy.

Januzaj (180cm) é esquerdino e às vezes parece que está num bailado... não tem medo de ir para cima do adversário e coloca a bola à distância com uma facilidade surreal. Não me parece que tenha a explosão de Giggs, aquela de outros tempos... ainda assim, a classe do pé esquerdo de ambos está na mesma página. Quando o vi a tocar na bola e a jogar curtinho admito que o imaginei no Barcelona (booooring)... e, para surpresa minha, quando estava a pesquisar umas coisas sobre o rapaz vi uma manchete do The Sun

         Utd fight to keep Barca target Adnan


Bom, nem tudo está perdido, afinal ainda me sobra algum juízo... ainda que seja puro boato, Januzaj aparece associado ao Barça e jogou ontem na derrota (0-1) contra o melhor onze da Tailândia. Já agora, quando pesquisei umas informações sobre o jovem craque no Google apareceram coisas como:

"Kosovo´s new Beckham finds opportunities abroad"
"Adnan Januzaj eyed by Barcelona"
"Barcelona go for Man Utd superkid Adnan Januzaj"
"Meet Manchester United´s stars of the future"

Sim, depois disto sinto-me menos especial... mas com mais certezas de que não sou louco. A ver.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Futsal: Como treinar as segundas bolas (guarda-redes)

Se quero que os meus guarda-redes estejam bem nos jogos, não posso facilitar-lhes a vida no treino, muito pelo contrário. Como tal e partindo de um exercício “clássico” (neste caso é o remate contra o banco), deixo aqui uma das minhas sugestões para treino de baliza.

No exercício abaixo vou trabalhar com 3 guarda-redes e incluo-me a mim, num total de 4 elementos.

Ideia base: eu gosto de trabalhar sempre a reacção às 2ªs bolas, porque é um situação que acontece muitas vezes durante um jogo: o guarda-redes faz uma defesa em que não segura a bola, que muitas das vezes fica ainda jogável pelo adversário, e porque não reagiu rapidamente ao 2º remate (recarga) sofre-se um golo.

Fazer uma 1ª grande defesa e na recarga sofrer golo, de nada vale. A defesa só se completa com o afastamento do perigo para a nossa baliza.

Exercício proposto:



Material: 9 bolas (3 por cada rematador, se houver mais bolas melhor); um banco (deitado); 2 cones grandes (podem ter varas colocadas) para servirem de baliza

Explicação do exercício: 1 GR na baliza, o treinador remata contra o banco e o GR tem de realizar defesa, logo de seguida salta o banco e defende um 2º remate feito por um dos colegas GR; logo de seguida corre para a baliza feita por cones para defender um 3º remate.

Notas: faço este exercício para os 2 lados (obviamente)

Podemos depois enriquecer com variantes este exercício, por exemplo:

1- O GR pode ter de tocar 1º no poste

2- Depois de saltar o banco pode “abafar” o remate do colega (coloca-se o colega a rematar dentro da área), etc.

Veja aqui o primeiro texto de Jorge Oliveira sobre a importância dos guarda-redes no futsal.

Jorge Oliveira (treinador de futsal dos juvenis do Cascais)

Liga Europa: Yobo, Stoch, Emre, Meireles, Sow, Kuyt. Conheça o próximo adversário do Benfica

Ditaram as bolas quentes que o Benfica... estou a brincar. O sorteio ditou que o Benfica encontrasse os turcos do Fenerbahçe na meia-final da Liga Europa. Ok, entendo a animação, não é o Chelsea, mas cuidado com as vitórias antecipadas.

Esta é uma equipa que não chegou aqui por acaso. O Fenerbahçe esteve inserido no Grupo C da Liga Europa, com Marselha, Borussia M´gladbach e Limassol. O desempenho foi muito satisfatório: seis jogos, quatro vitórias, um empate e uma derrota; dez golos marcados, sete sofridos.

Nos 1/16 de final, os turcos defrontaram o BATE Borisov, com um empate caseiro (0-0) e uma vitória fora por 1-0, com um golo do brasileiro Cristian de penalti.

Nos oitavos-de-final, o Fenerbahçe defrontou o Plzen. Na primeira mão venceu na República Checa, por um 1-0 com golo de Webó já perto do final. Depois, empatou em casa (1-1) – o golo foi marcado por Salih Ucan.

Finalmente, nos quartos-de-final a vítima foi a Lazio. Na primeira mão, os turcos assinaram uma vitória caseira com dois golos tardios (Webó, 78´; Kuyt 90´). Em Roma, o resultado foi 1-1, com golo de Caner Erkin.

Reconheço que não conheço as dinâmicas da equipa, nem o seu ADN, mas posso falar de alguns jogadores. Os meus destaques são:

Yobo – É um central de qualidade, que passou oito anos no Everton. Não é alto (182cm) mas deixa bem vincada a sua presença. Aos 32 anos admito que não sei se terá perdido a mobilidade que lhe era preciosa na Premier League.

Stoch – O eslovaco tem uma técnica interessante. Bom no drible e rápido a procurar o espaço. Stoch (168cm) passou três anos pelo Chelsea, onde jogou pelas reservas e, mais tarde, acabou por ser emprestado ao Twente.

Raul Meireles – Dispensa apresentações

Emre – Aos 32 anos, acredito que a sua experiência e grande qualidade no toque de bola faça a diferença. Não sei como estará a sua frescura física, já que este jogador vivia muito da sua agressividade. Emre jogou quatro anos no Inter e três no Newcastle. Antes de ingressar no Fenerbahçe jogou um ano no Atletico Madrid.

Krasic – Este sérvio vai ser uma dor de cabeça enorme para Melgarejo. A sua velocidade é surreal. Jogou dois anos na Juventus (2010-2012). Antes, tinha jogado sete anos no CSKA Moscovo. Ah! É extremo direito.

Sow – É um avançado de média estatura (180cm, 71kg), mas goza de uma boa movimentação e qualidade a finalizar. Esta é a segunda época na Turquia. Antes, jogou no Rennes e Lille, onde foi campeão em 2011. Sow foi peça chave na conquista do título, que já fugia desde 1954, ao marcar 25 golos nessa edição da Ligue 1. Este ano já marcou 15 golos no campeonato e apenas um na Liga Europa.

Kuyt – Julgo que todos conhecemos a sua qualidade e a cultura de colectivo desde os tempos do Liverpool. Este ano leva 10 golos (7 campeonato, 3 Liga Europa).

Com seis jornadas para jogar, o Fenerbahçe ocupa actualmente o segundo lugar da Liga Turca, apenas a quatro pontos do líder Galatasaray.

No seu palmarés tem 18 campeonatos turcos, e troféus da Taça da Turquia e oito supertaças. A ambição de se estrear a vencer numa prova europeia, juntamente com a 'loucura' dos seus adeptos, poderão ser grandes problemas para o Benfica.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Promessas em 2009 vs Realidade em 2013

Promessas são tão só, e apenas, promessas. Em 2009, a revista Times elegeu as 50 maiores promessas do futebol mundial. Desde então, passaram-se quatro anos, e a maioria desses jogadores deram o ambicionado salto nas carreiras. Contudo, também houve outros que ainda não explodiram, e alguns acabaram mesmo por implodir.

Nos primeiros 20 lugares da lista, destacam-se alguns jogadores que se revelaram verdadeiras estrelas, mesmo após o salto, como são o caso de David Silva, o maestro do campeão Manchester City e da roja; Radamel Falcao, o ponta de lança mais cobiçado do mundo, que apesar de não ter dado o salto esperado, quando se transferiu do Porto para o Atlético de Madrid, tem continuado a impressionar, e espera-se que chegue a uma grande equipa no final da época; Ángel Di María, o extremo que se transferiu do Benfica para o Real Madrid, de quem se esperava um eterno período no banco, com jogadores como Kaká e Ronaldo nas alas, que conseguiu roubar a titularidade ao brasileiro, tornado-se assim um dos principais obreiros do título de 2012; Thiago Silva, considerado por muitos o melhor central do mundo, capitão da canarinha, mudou-se do AC Milan para o PSG, à procura de atingir o estrelato mundial, uma aposta que parece estar agora ganha.

Penso que não devemos menosprezar outros três jogadores da lista, que em 2009 actuavam já em boas equipas, mas que ainda não foram transferidos. Estamos a falar de Jack Wilshere, Claudio Marchisio e Marek Hamsik. O primeiro, embora afectado por algumas lesões, é um dos esteios do meio campo dos gunners, bem como um membro importante da selecção inglesa. O segundo é presença assídua no meio campo da Juventus e da selecção italiana. O terceiro, é um dos jogadores mais importantes do Nápoles, juntamente com Cavani, e que seguem na perseguição à Juventus no campeonato italiano.

Resta-me apenas falar de mais três jogadores, que são as verdadeiras incógnitas destas lista. Refiro-me a Benzema, Lavezzi e Balotelli. Todos deram o salto, todos jogam nas selecções dos seus países, todos já provaram serem bons, mas nenhum deles provou ser constante nas suas exibições. Estes três jogadores já custaram aos clubes por onde passaram mais de 30 milhões de euros, e durante algum tempo esse dinheiro foi visto como um bom investimento, mas nem sempre foi assim.

O caso mais claro é o de Balotelli, que custou 30 milhões ao Manchester City e que ainda fez algumas boas exibições, contudo, em número muito inferior aos escândalos que protagonizou. Agora o jogador parece ter reencontrado a boa forma, depois de um Euro 2012 muito positivo e de uma segunda metade de campeonato, já no Milan, numa transferência avaliada em 20 milhões de euros, cheia de golos de enorme importância para o clube.

Quanto a Hernanes, o sucessor de Kaká, é o médio mais importante da Lázio, uma equipa de segunda linha italiana, e é também presença no meio campo do Brasil. É um bom jogador, e tal como Falcao, não quis dar um passo gigante, mas parece-me que pode não ter pernas para dar um novo passo, em direcção a um clube maior na Europa.

Do 21º ao 50º da lista, só há três jogadores que atingiram a fama mundial, actuando em clubes de renome, como na respectiva selecção nacional. Curiosamente, estas três vedetas ocupam apenas o 32º, 34º e 37º lugares da lista.

São eles Robert Lewandowski, ponta-de-lança polaco do Dortmund, cobiçado por meio mundo, e que, provavelmente, deverá rumar a outras paragens no final da presente época; Sebastian Giovinco, o pequeno avançado habilidoso da Juventus, o melhor clube italiano, que começa agora a ganhar o seu espaço na squadra azzurra; por fim, Mesut Özil, o médio alemão de origem turca, que atingiu o auge com a sua ida para o Real Madrid, onde esteve muito forte na época passada, a um nível ainda não visto na presente temporada.

Confira aqui a lista das 50 promessas

Jorge Garcia

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Alargamento da Liga? Tenham juízo

Este é um texto digno de alguém que está um pouco fora dela e que nem sabe se há justiça ou não no regresso do Boavista à 1ª Liga... prefiro discutir apenas a decisão de alargamento. Esta gente perdeu a cabeça, certo? Vou começar pela 2ª Liga. Abro eu a classificação no zerozero e em baixo leio as notas:

"Portimonense: foi convidado pela LPFP a preencher a vaga do Varzim que não reuniu os requisitos mínimos para competir nas provas da Liga Portuguesa de Futebol Profissional."

"Sp. Covilhã: garantiu a manutenção na Liga Orangina porque a U. Leiria não reuniu os requisitos mínimos para competir nas provas da Liga Portuguesa de Futebol Profissional."

A malta entende o que isto quer dizer, certo? Não há dinheiro, carcanhol, graveto, pilim, cheta, massa, pastel, pasta, guito. Depois, leio uma entrevista de Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores, sobre a situação do Olhanense, clube que chegou a avançar com um pré-aviso de greve para o jogo com o Benfica:

"Ouvi o presidente do Olhanense pronunciar-se sobre a situação e senti alguma impotência e irresponsabilidade na forma como abordou o tema. Quero recordar-lhe que já no inicio da época a situação já era de crise, e a verdade é que a maioria dos clubes assumiu obrigações com os jogadores e outra entidades nestas circunstâncias. Esta crise não pode servir de desculpa para tudo."

A minha pergunta é: para quê mais equipas? Para serem mais os que não cumprem? Toda a gente sabe que são vários os clubes que falham nos prazos de pagamentos... e que, como que por magia, fazem os jogadores assinar um papel a dizer que já receberam para não inviabilizarem a inscrição na competição.

A questão é simples: quem quer melhores jogadores, tem de pagar melhor. Quem planeia cumprir com as suas obrigações, constrói planteis mais fracos, mais limitados, em qualidade e quantidade. Quem é que desce de divisão? Os sérios. O Freamunde é um bom exemplo, segundo saía na imprensa desportiva. Não faz qualquer sentido premiar quem não cumpre com os seus compromissos. Não paga? Um aviso. Não paga? Desce de divisão. Era ver os clubes a desenhar folhas salariais mais realistas...

Para reflexão, deixo-vos umas palavras do presidente do Paços de Ferreira (atual 3.º classificado!), Carlos Barbosa, ao MaisFutebol (28 Janeiro, 2013):

"Há concorrência desleal. Isso é inequívoco. (...) Às vezes queremos determinado jogador e não o conseguimos porque esse jogador recebe uma oferta absurda de um outro clube do nosso escalão. Prometem-lhes coisas impossíveis e depois não pagam. É uma luta antiga. Uma luta complicada. (...) Olhamos muito para a II Liga e II B. Financeiramente são mercados ao nosso alcance e acreditamos no grande valor de alguns jogadores que por lá andam."

Et voilà!

Estou com o Tiago Ribeiro (presidente do Estoril-Praia) nesta questão: sou contra mudar as regras a meio do jogo. Quem está no fundo da tabela e, de repente, sabe que não vai descer de divisão não mudará a sua forma de atuar? Não vai relaxar? É óbvio que os aflitos vão votar sempre a favor do alargamento (e votaram), mas, e citando Mourinho, é uma "prostituição intelectual".

"Equipas que estavam para descer mudam de opinião por oportunismo e ficam cegas para se salvarem. Votei que fosse condicionado o alargamento até que o Boavista cumpra os pressupostos da Liga", disse Tiago Ribeiro à imprensa, depois da goleada (4-0) ao Nacional. E disse bem.

domingo, 7 de abril de 2013

Tiago Maia: A complexidade do 4.4.2 losango


Com frequência se discutem o 4.3.3, o 4.4.2, o 4.4.2 losango ou o 3.5.2. Estamos a falar de exemplos de sistemas tácticos e não propriamente da forma como as equipas jogam. Estes sistemas são formados por elementos que têm vida e que lhe dão uma dinâmica própria, os jogadores. Além da influência destes, também as equipas técnicas e o contexto do próprio clube condicionam a forma de jogar duma equipa. Mas há características que sobressaem mais em alguns sistemas. 

Na minha opinião, o 4.4.2 losango é um dos sistemas mais complexos e que tem características que lhe dão um aporte muito positivo em alguns aspectos e muito negativo noutros, sendo por isso um sistema menos equilibrado do que outros. Este desequilíbrio é desde logo visível pela forma menos racional como o espaço é ocupado: há uma grande densidade no corredor central que contrasta com uma tendência para se criarem situações de inferioridade numérica nos corredores laterais. Como o corredor central é o caminho mais curto para a baliza, demarca-se como um sistema muito vertical, que se enquadra melhor em equipas que optam por um jogo mais directo e rápido, seguro defensivamente pela densidade no corredor central mas que depois torna difícil um jogo de posse mais elaborado e em largura. No princípio temos um problema maior a atacar e um problema maior a defender. A atacar precisamos de laterais ofensivos, um excelente desdobramento exterior dos médios interiores, do médio ofensivo ou até mesmo de um dos pontas-de-lança para garantir vantagem espacial e numérica nos corredores laterais. São muitas possibilidades, o que pode ser positivo, mas a verdade é que se não existir um processo de treino e análise que consolide estes comportamentos, a equipa tenderá a revelar grandes dificuldades para manter a posse de bola e será incapaz de criar desequilíbrios com frequência em ataque posicional. A defender o problema é igualmente garantir vantagem espacial ou numérica nos corredores laterais. Perante equipas que consigam variar rapidamente o corredor de jogo e que tenham laterais ofensivos as dificuldades para impedir a criação do adversário são mais que muitas. Só com grande capacidade para orientar e pressionar o adversário no centro do jogo, bloqueando variação de corredor e fazendo os movimentos do bloco em largura muito rapidamente (o que tecnicamente chamamos “basculações”) se consegue ser eficaz. Volto a referir, sem consistência no treino e no processo de análise (até num dia menos inspirado) …as coisas ficam muito difíceis, mais do que se estivéssemos a jogar num sistema mais simples, que por si só garanta melhor ocupação do espaço.

Para finalizar, volto ao início. Não há 4.4.2 losango iguais. Os jogadores e os treinadores criam dinâmicas que os diferenciam. Dou 2 exemplos. O Benfica por vezes joga num sistema que se parece com o 4.4.2 losango (é mais 1:4:1:3:2). Tendo como médios-interiores jogadores com características de extremos ou alas temos boa parte do problema da largura resolvido. 2.º exemplo. O mister Jesus disse recentemente que o Barcelona defendia em 4.3.3 e atacava em 4.4.2. Não explicou porquê mas a minha perspetiva é esta: os dois extremos abertos que constantemente fazem diagonais para o corredor central fazem de pontas-de-lança (Villa, Alexis Sánchez, Pedro ou Tello); Messi ou Fábregas são o médio-ofensivo; depois temos dois médios interiores (Xavi-Iniesta), um médio defensivo (Busquets) e uma linha defensiva com 4 elementos. Poderá considerar-se uma adaptação a partir do 4:4:2 losango tradicional e que também nos resolveria o problema da largura de forma relativamente simples. Até porque a defender a equipa organiza-se em 1.4.1.4.1.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

A falsa juventude africana que surpreendeu Pelé


Em 1989, Pelé declarou que uma selecção africana iria ganhar o mundial na entrada do novo século, depois de ter visto os “jovens” nigerianos sub-17 ganharem o campeonato do mundo e chegarem à final nos sub-20.

África, e em especial a Nigéria, enganaram o mundo. Aquela brilhante selecção do mundial de 1998, que muito prometia, não passava de um conjunto de estrelas que já estavam a dever muitos anos à reforma. A falsificação das certidões de nascimento, que não é novidade para ninguém na Nigéria, explica o porquê de uma selecção brilhante nas camadas jovens, apenas ter conseguido marcar presença em três mundiais, nunca tendo passado dos oitavos de final.

Nos sub-20, a Nigéria conseguiu dois segundos lugares, em 1989 e em 2005, e um terceiro lugar em 1985. Nos sub-17, a história do país é bem mais brilhante, com três primeiros lugares em 1985, 1993 e 2007, e com três segundos lugares, em 1987, 2001 e 2009. Ganhou também a Taça das Nações Africanas por três vezes, em 1980, 1994 e 2013. Nos Jogos Olímpicos, conseguiram a medalha de ouro em 1996 e a de prata em 2008.

A falsificação de certidões de nascimento não é uma novidade para ninguém na Nigéria. Após análises aos joelhos dos jogadores, muitas das principais estrelas africanas foram apanhadas, mas não em mentiras pequenas, que permitissem, por exemplo, a um jogador de 22 anos jogar um mundial de sub 20. A discrepância nas idades reveladas como verdadeiras era muito maior.

Obafemi Martins, que deveria estar agora no auge da sua carreira, aos 28 anos, acabou de rumar ao Seattle Sounders, um passo comum no fim das carreiras profissionais, e que vai ao encontro da idade que os especialistas lhe deram, 35 anos. Nwankwo Kanu, antigo e temível avançado nigeriano, que viu a sua carreira encurtada devido a um problema cardíaco, tem actualmente 42 anos, e não 33 como consta dos seus documentos oficiais.

Estes foram dois casos em que as coisas não correram bem. Duas estrelas nigerianas, que quando estavam a começar a carreira, segundo se pensava, estavam na verdade a meio, ou mesmo na recta final da mesma.

A maioria das estrelas da década de 90 estão já reformados, e muitos deles são avós. Este esquema de falsificação de identidades, muito comum na Nigéria, levou a que o país nunca mais tivesse uma selecção competitiva, visto que a sua única estrela é o médio do Chelsea Obi Mikel, que, ao que parece, também despoletou muito novo.

Outros nomes menos conhecidos, como Philip Osondu, que foi eleito o melhor jogador do mundial de sub-17 de 1987, e Dele Ajiboye, guarda redes titular da Nigéria e vencedor do mundial da mesma categoria, mas em 2007, são outros dois casos escandalosos. O primeiro, 13 anos depois, já não conseguia apresentar nem um décimo do nível a que jogou no mundial e acabou a trabalhar num aeroporto. Sobre o segundo, descobriu-se que afinal tinha nascido em 1979, e não em 1990, que era casado e pai de três filhos, de mulheres diferentes.

Também Jay-Jay Okocha, o maestro das Super Águias, tinha mais 10 anos do que os documentos revelavam. Mais recentemente, descobriu-se que também Taribo West, o lateral esquerdo das duas tranças, mentiu acerca da sua verdadeira idade, mas neste caso em cerca de 12 anos. Ironicamente, este jogador nunca apresentou um sinal de quebra acentuada no rendimento antes de tempo, o que lhe valeu, até agora, ter sido o último a ser apanhado, já depois de reformado, aos 34, ou melhor aos 46 anos.

Fica aqui uma lista de 10 promissores jogadores nigerianos, que nunca chegaram a lado nenhum, e onde se pode encontrar, Rabiu Ibrahim, antigo jogador do Sporting, que em 2009 foi eleito um dos 50 jogadores mais promissores do mundo.

Veja aqui outros jogadores que muito prometiam...

Jorge Garcia

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Futsal: Guarda-Redes = Meia Equipa

O guarda-redes é o último elemento de uma equipa a defender e o primeiro a atacar.
Com base neste facto vou partir para a minha análise sobre esta posição e o tipo de treino que posso realizar com os guarda-redes.

Em primeiro lugar, e isto para mim é lei, não me posso escudar atrás da falta de tempo, nem da falta de recursos, humanos ou outros, para não trabalhar uma posição tão específica no futsal.
Outra lei que aplico a mim é o tentar arranjar sempre desculpas para trabalhar mais e melhor, e não o contrário.

Se sou o único treinador e se tenho pouco tempo de treino, então aposto na ORGANIZAÇÃO, no CONTROLO, no DINAMISMO.

Ou seja, crio a minha ficha de treino com indicação dos exercícios que pretendo realizar e os tempos dedicados a cada um, com indicação de quando preciso de integrar os GR com os jogadores de campo e quando os posso manter a trabalhar em separado, explico a todos os jogadores qual o treino que vamos realizar e desta forma tento que se mantenha o máximo de dinamismo possível no treino.
Nesta perspectiva deixo aqui abaixo uma ideia (ou como lhe quiserem chamar), daquilo que faço.




Na ficha de UT acima estão indicados 4 momentos do treino e a verde os momentos em que o trabalho dos GR é integrado ou separado, bem como utilizar um 2º e um 3º guarda-redes.


Jorge Oliveira (treinador de futsal dos juvenis do Cascais)

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Wilfried Bony a caminho do FC Porto?

A imprensa portuguesa dá conta do interesse do FC Porto em Wilfried Bony, citando a publicação
supersport.com... mas o interesse no jogador é extensível, alegadamente, ao Atlético Madrid, Chelsea e Arsenal. Rumor ou não, o blog COBERTURA DEFENSIVA e o nosso colaborador Jorge Garcia estão na linha da frente.

"Os grandes denominadores comuns destes tops de goleadores são, sem sombra de dúvidas, o inevitável Lionel Messi, e para surpresa de muitos, Wilfried Bony, um jogador a quem antevemos um grande futuro na Europa e também no ataque d’Os Elefantes, a Costa do Marfim", escrevemos no dia 20 de Março (veja aqui).

O costa-marfinense Wilfried Bony tem 24 anos. Este ano, ao serviço do Vitesse, já marcou 27 golos em 25 jornadas. Impressionado? É provável que seja o 'pichichi' da Liga Holandesa, pois tem mais seis golos do que Graziano Pellè e Finnbogason, com apenas seis jornadas por jogar.

A sua carreira começou no Issia Wazi, na Costa do Marfim. Em 2007, mudou-se para a República Checa a troco de 400 mil euros para representar a equipa B do Sparta de Praga. Entre 2008 e 2011 jogou na equipa principal, onde marcou apenas 22 golos*. Em Praga venceu um campeonato (2010) e uma Supertaça (2011).

Em 2010, despertou o interesse do Vitesse, clube para o qual se transferiu por quatro milhões de euros. Em três anos ao serviço do clube holandês, Bony marcou 47 golos em 64 presenças*, sendo que este ano, como já referimos, já marcou 27 golos em 25 jogos*.

Ao serviço da Costa do Marfim, Bony marcou 6 golos em 12 presenças.

O avançado tem 182cm, pesa qualquer coisa como 88kg (tanque?) e joga preferencialmente com o pé direito.

Uma coisa é certa: vá ou não para o FC Porto, o jogador deverá dar o salto na sua carreira no final desta época.

*estes valores são referentes aos campeonatos nacionais apenas

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Sabe quem são as equipas com menos derrotas na Europa? Benfica e FC Porto em destaque


Há muito boas equipas na Europa? Há, mas também há campeonatos muito desequilibrados. Nas equipas europeias com menos derrotas nos seus campeonatos, destacam-se, imediatamente, o Benfica e o Porto, as duas únicas que ainda estão invictas.

Fora os dois orgulhos nacionais, das 16 equipas apresentadas, apenas o Bayern de Munique e o Olympiacos jogam em campeonatos com algum peso, e o facto de ambas terem apenas uma derrota indica que são muito superiores às restantes.

Nem todas as equipas aqui presentes são líderes dos seus campeonatos. Há situações para todos os gostos. O Olympiacos é já campeão, matematicamente, o Bayern de Munique para lá caminha, mas o FK Vojvodina está apenas em terceiro lugar, o que indica que é uma equipa que quase não perde jogos, mas que empata muitos. Também há casos como o da liga portuguesa e a de Andorra, em que existem duas ou três equipas muito superiores às outras, e que não averbam nenhuma derrota, ou que apenas perdem jogos entre si.

Podemos concluir que muitos campeonatos na Europa são desequilibrados, e essa é uma tendência presente, maioritariamente, em campeonatos mais fracos, como o de Andorra e o da Moldávia.

Jorge Garcia

Futsal: Portugal no Euro 2014

Entre os dias 27 e 30 de Março Portugal esteve na Sérvia a disputar a fase de apuramento para o Campeonato da Europa de Futsal de 2014, que vai decorrer na Bélgica. Portugal estava inserido no Grupo 5 que incluía as selecções da Grécia, Polónia e Sérvia.

Portugal começou por defrontar a Grécia num jogo onde a selecção conseguiu impor o seu jogo e, por consequência, controlar a partida. Portugal criou várias ocasiões de golo e podia ter saído deste primeiro encontro com um resultado ainda melhor. Ainda assim, é de referir também a boa organização defensiva da selecção que não permitiu que o adversário jogasse. Foi um jogo onde Portugal conseguiu colocar em campo toda a sua qualidade e levar de vencida o seu adversário por uns expressivos 6-1, com golos de Gonçalo Alves, Pedro Cary (2), Djô, Paulinho e Leitão.
Veja aqui os golos do jogo

No segundo jogo, a equipa das quinas enfrentou a selecção polaca. A Polónia é uma equipa com mais história no futsal comparativamente com a Grécia e, por isso, esperava-se um jogo mais equilibrado. E assim foi, prova disso era o resultado de 2-2 ao intervalo. Portugal entrou forte e a saber o que queria, no entanto, os polacos também tinham a lição bem estudada e fizeram da defesa e das transições as suas melhores armas. Contudo, a estratégia polaca não sobreviveu ao segundo tempo onde Portugal em seis minutos resolveu o jogo com três bons golos. Portugal vencia assim a Polónia por 5-2, com golos de Leitão, Ricardinho (2) e Joel Queirós (2).
Veja aqui os golos do jogo

Por fim, no terceiro e decisivo encontro, Portugal enfrentou a equipa anfitriã, a Sérvia. Num jogo onde a factor público podia fazer a diferença, a equipa das quinas foi capaz de fazer usufruto de toda a sua qualidade e competência para levar de vencida a difícil selecção da Sérvia. Portugal conseguiu desta forma vencer a Sérvia por 2-1, com golos de João Matos e Ricardinho.
Veja aqui os golos do jogo

Fazendo uma análise global desta fase de apuramento, para além das três vitórias, do primeiro lugar e consequente apuramento, posso dizer que vi uma selecção com uma dinâmica ofensiva muito forte, com as bolas paradas muito bem trabalhadas e muito bem organizada defensivamente. Acredito que iremos fazer um grande Europeu, a ver se é desta que o vencemos e que destronamos a Espanha. Força Portugal!

Ricardo Azevedo

domingo, 31 de março de 2013

Apostas online: Mourinho e Tito devolvam-me o meu dinheiro

As apostas deste Sábado correram quase na perfeição. Digo quase, porque quando começava a vislumbrar um acerto de 100%, após ter acertado os oito jogos mais complicados, eis que o Barcelona e o Real Madrid resolveram tirar alguma cor às minhas previsões.

Mesmo assim, foi um Sábado com uma percentagem de acerto de 80%, com a possibilidade de ainda sair a ganhar no nono jogo, o do Barcelona. Seis das oito vitórias foram muito folgadas, permitindo retirar a totalidade dos lucros com toda a calma e paciência. Apenas o Everton e o Arouca venceram por apenas um golo, este último numa reviravolta brilhante, ao marcar três golos na segunda parte, o que permitiu acabar o jogo a vencer por 3-2.

O Barcelona começou mal o jogo, mas ainda deu a volta, e esse seria o melhor momento para retirar a sua aposta, pois via-se que a equipa não estava bem, e que a defesa tremia sempre que o Celta atacava. O Barcelona tem um bom plantel, mas quando vemos Valdés, Alba, Puyol e Xavi de fora, e Iniesta, Busquets, e Villa no banco, convém reconsiderarmos as nossas convicções.

Quem não deu a mínima hipóteses aos apostadores foi o Real Madrid, que entrou praticamente a perder e o melhor que fez foi conseguir empatar o jogo. Esperava-se mais de uma equipa como o Real, apesar de Mourinho ter poupado Varane, que nem convocado estava, Xabi Alonso, que ficou no banco o jogo inteiro, e Özil, Di María, e Khedira, que entraram no decorrer da partida.

Gostava ainda de falar de uma aposta que se proporcionou durante o fim de semana, no jogo do Sporting B – Benfica B. Fui alertado uns minutos antes do início do jogo, que o Sporting ia começar com uma equipa muito fraca, pois muitos jogadores andam a jogar pela equipa principal (não é novidade), mas também porque muitos deles disputaram a meia final da Next
Gen Series, na sexta-feira. Resolvi apostar a favor do Benfica, com uma odd muito elevada, de 2,82.

O Benfica praticamente entrou em campo a perder, mas estava a dominar o Sporting, por isso a minha confiança manteve-se. Do nada, e em apenas alguns minutos, o Benfica conseguiu o merecido empate e o Sporting viu dois jogadores serem expulsos. A partir daí, podia fazer o “cash out” já a ganhar dinheiro, mas esperei até o Benfica completar a cambalhota, algo que já se esperava. Nesta altura o sistema de apostas deixou de funcionar, mas mal reabriu surgiram uma série de boas oportunidades, como apostar que haveria mais um golo, e que esse golo seria do Benfica.

José Azevedo

sábado, 30 de março de 2013

Apostas online: são todas para hoje, mas não diga que veio daqui

Esta ronda de apostas não vai ter o grau detalhado de explicações das anteriores. Podem acreditar que teve o mesmo tempo, e muito, de estudo, mas é simplesmente impossível manter o ritmo de recomendações, tentando explicar o porquê de cada escolha que faço.

As equipas a negrito são aquelas que acredito que vão vencer o jogo.

Como podem reparar o Arsenal e o Bayern de Munique têm as odds mais baixas, o que faria todo o sentido, já que são dois colossos que jogam em casa. Porém, também temos o Real Madrid e o Barcelona, que jogam fora, mas que como sabemos são equipas que raramente cedem um ponto. Com uma odd de 1,45 para ambos os jogos, acho que estas são apostas com valor. Pode atrasar a aposta ao máximo, ou mesmo decidir apostar só quando uma destas equipas se encontre a perder, o que pode nem sequer acontecer. São duas equipas muito boas a virarem os resultados, e nessa alturas as odds estarão muito apetecíveis.

Peço só que tenham algum cuidado com apostas em que a melhor equipa não é um vencedor nato, como no caso do Parma e do Lugo, que são equipas que têm condições para ganhar os respectivos jogos, mas mais dificilmente conseguirão superar grandes adversidades. Nestes casos, recomendo retirar as apostas caso os impasses persistam para além do tempo razoável.

odds da Betfair a negrito


Hertha – Bochum 12h 1,45

Parma – Pescara 14h 1,4

Schalke – Hoffenheim 14h30 1,61

Arouca – Freamunde 15h 1,57

Arsenal – Reading 15h 1,26

Lugo – Xerez 17h 1,76

Celta de Vigo – Barcelona 17h 1,45

Bayern Munique – Hamburgo 17h30 1,33

Everton – Stoke 17h30 1,65

Zaragoza – Real Madrid 19h 1,45


José Azevedo

Apostas online: 75% de acerto já chega para nos seguir?

Apreciação da ronda de apostas (veja aqui as previsões


Como os mais atentos devem ter reparado, o jogo entre o Botafogo e o Friburguense não se realizou. Foi adiado devido à interdição do Engenhão (estádio), tendo sido remarcado para o dia 10 de Abril, mas em São Januário. Com este imprevisto, as minhas previsões resumiram-se apenas a quatro palpites.

Uma percentagem de acerto de 75%, mais concretamente três em quatro jogos, é algo de muito positivo, especialmente se tivermos em conta que eram jogos de quinta e sexta-feira, muitos deles desconhecidos, e com odds muito interessantes.

Seguindo o exemplo do costume, com 10 euros por aposta, teria conseguido um lucro de 13 euros, muito graças à vitória do Empoli, sendo que as duas outras vitórias teriam os ganhos anulados pela perda na aposta no Crotone. Estes 13 euros representam um aumento de 32,5% do investimento realizado, em apenas quatro jogos. Com ganhos a este ritmo, não tardaria a ficar rico.

Apostas ganhas

O Empoli dominou o jogo, mas só na segunda parte conseguiu traduzir a supremacia em golos. Era um jogo para esperar com confiança e para retirar o dinheiro, na pior das hipóteses, só depois do golo que permitiu ter lucro.

O Braunschweig começou muito mal o jogo, a perder. Estava a ser dominado, e quando empatou o jogo, o golo foi mal anulado. Foi preciso esperar muito pela cambalhota no marcador, mas quando aconteceu não deveria ter retirado o dinheiro, pois o Dresden estava demasiado fragilizado para ainda conseguir alguma coisa.

O jogo do Videoton não teve história. Jogo de sentido único, com seis golos para a equipa da casa, contudo apenas na segunda parte, e cinco deles após uma expulsão que resultou numa grande penalidade para a equipa visitante. Era suposto ter investido, e após o golo diversificado as suas apostas, por exemplo, apostando em mais golos durante o encontro, depois da expulsão.

Apostas perdidas 

O Crotone não me deu muitas hipóteses. Esteve por cima durante o encontro, e só uma pessoa com pouca crença teria retirado o dinheiro ao intervalo, quando o marcador ainda não tinha sofrido alterações, e com poucas perdas. Na segunda parte o Spezia marcou dois golos e acabou com as esperanças de mais algum lucro.


José Azevedo

quinta-feira, 28 de março de 2013

Apostas online: estas são só para graúdos

As apostas de hoje vão ser um bocado diferentes do que é habitual. Porquê? Porque são para quinta e sexta-feira, ou seja, há menos jogos interessantes, e é preciso fazer uma análise por terrenos mais pantanosos, mas que podem dar frutos.
Quando apostamos, o nosso maior inimigo somos nós próprios, e não a casa de apostas, ou, no caso de um sistema de apostas como o da Betfair, os outros apostadores. Não temos de apostar só porque sim, e mais importante, não devemos correr atrás do prejuízo com jogos insensatos, que não conseguimos ver, ou que não estudámos.

Embora a minha selecção para hoje tenha jogos desconhecidos, estes foram estudados exaustivamente, e tenho a confiança de que podem ser bons palpites. Pelo desconhecimento de muitos utilizadores acerca destes campeonatos, as odds são muito mais interessantes, o que não indica, necessariamente, que sejam mais difíceis. Contudo, temos de perceber que em campeonatos com mais equipas, ou de divisões inferiores, não encontraremos a regularidade de conjuntos como o Benfica ou o Porto.

Ninguém o obriga a apostar. Aguente os impulsos e escolha um dia melhor, se assim o desejar. Lembre-se que todos os jogos têm mercado, logo não precisa de se limitar a ficar à espera de um certo confronto. Claro que quanto mais mediático for o jogo, mais informações terá, nomeadamente sofre lesões e castigos, que poderão, e muito, influenciar as suas opções.

A minha selecção de apostas para hoje e para sexta é a seguinte:

Braunschweig – Dresden (segunda divisão alemã) 19h30
Dois jogos entre estas equipas em 2012, uma vitória para o Braunschweig e um empate. No campeonato o Braunschweig está em segundo e o Dresden em 16º. Em casa o Braunschweig é a melhor equipa, ao passo que fora o Dresden é 15º. No confronto directo, o Braunschweig ganhou uma vez e empatou outra, mas sempre na condição de visitante. O Braunschweig vem de uma vitória e um empate e o Dresden de duas derrotas. Em jogos em casa o Braunschweig vem de dois empates e uma derrota, tal como o Dresden, sendo que nos 10 jogos anteriores ganhou nove e empatou um.


O Braunschweig é muito forte a meio da primeira parte e na segunda parte inteira, tendo apenas como ponto fraco o fim da primeira parte. O Dresden apenas é forte a meio de ambas as partes, sendo muito fraco nos restantes períodos do jogo. Umaodd de 1,71 para o Braunschweig compensa o risco.

Pro Vercelli – Empoli (divisão B de Itália) 19h45
Nesta apostas estou com a equipa que joga fora, o Empoli. O Empoli é o quarto classificado, ao passo que o Pro Vercelli é o 21º, ou seja, o penúltimo da liga. Apesar de ser quarto classificado, o Empoli fora é muito mais forte, é a terceira melhor equipa, ao passo que para o Pro Vercelli é tudo igual, mantém-se na mesma posição. O Empoli ganhou o último confronto directo, em casa, em 2012. O Empoli vem de duas vitórias e uma derrota e o Pro Vercelli vem de cada um dos três resultados possíveis. Em casa, o Pro Vercelli vem de duas derrotas e um empate e o Empoli de duas vitórias e uma derrota.

O Empoli é forte em todos os momentos do jogo excepto no fim da primeira parte e início da segunda, ao passo que o Pro Vercelli apenas é forte no início do jogo. Uma odd de 2,4 para o Empoli é tudo aquilo que poderia desejar.

Crotone – Spezia (divisão B de Itália) 19h45
Neste jogo é preciso muito cuidado, pois é um jogo muito peculiar. Não é um David contra Golias, porque estarão em campo o 13º classificado Crotone contra o 19º Spezia. A questão prende-se com o facto de em casa o Crotone ser a quarta melhor equipa e o Spezia apenas o 18ª classificado fora. No último confronto directo o Spezia saiu vencedor, em sua casa. O Crotone vem de três vitórias e duas derrotas, ao passo que o Spezia não ganha há oito jogos tendo perdido quatro deles.

Nos últimos seis jogos em casa o Crotone ganhou cinco e perdeu um, ao passo que o Spezia não ganha há cinco jogos fora, tendo empatado em quatro deles. O Crotone é forte no início e no fim da primeira e da segunda parte, ao passo que o Spezia só é forte na primeira parte. Uma odd de 2,2 é uma aliciante para este jogo.

Botafogo – Friburguense (campeonato carioca brasileiro) 22h30

Provavelmente o jogo mais certo de hoje, e também com a odd menos simpática. Em 2012 encontraram-se uma vez, e o Botafogo venceu facilmente, em casa. No carioca, o Botafogo é uma das únicas duas equipas que segue com duas vitórias, ao passo que o Friburguense tem uma vitória e uma derrota.

O Botafogo vem de quatro vitórias, enquanto o Friburguense averbou uma derrota, uma vitória e dois empates. Esta fase da competição ainda está muito no início, mas o Botafogo está muito forte em todos os momentos do jogo, excepto no início, enquanto o Friburguense apenas é forte a meio da primeira parte e no início da segunda. Uma odd de 1,33 é motivo para apostar.

Sexta-feira

Videoton – Siófok (campeonato húngaro) 18h00


Nos últimos anos o Videoton tem conseguido ganhar a maioria dos confrontos directos entre estas duas equipas, e com relativa facilidade. O Siófok vem de oito derrotas consecutivas, e está sem ganhar há pelo menos 10 jogos. O Videoton vem de um empate e duas vitórias. Em casa o Videoton vem de três vitórias e o Siófok fora vem de duas derrotas. O Videoton está em quarto do campeonato, mas é apenas a oitava melhor equipa em casa. Por seu lado, o Siófok é a pior equipa fora do campeonato húngaro.

O Videoton apenas costuma começar mal os jogos tendo uma recta final forte, ao passo que o Siófok apresenta números mito fracos na segunda parte, ao contrário do seu adversário. Uma odd de 1,21 é baixa, mas os perigos são mínimos.


José Azevedo

Sabia que Alessandro Nesta ainda joga? Veja onde...

Sempre conhecido pelo número 13... agora é o 14. Onde? No clube canadiano Montréal Impact Football Club, onde chegou o ano passado. O clube foi fundado em 1992. Ah! E tem colegas como Di Vaio e Matteo Ferrari.

O italiano foi durante muito tempo o central da moda em Itália, e até na Europa. Começou em 1993 na Lazio, foi ai que durante nove anos construiu o seu nome. Forte no jogo aéreo e com qualidade na saída de bola, mas eram os carrinhos que me agarravam a este jogador nascido em Roma, isso, e a sua liderança natural, claro. Ao serviço do clube romano venceu um campeonato (1999/2000), com colegas como Fernando Couto, Sérgio Conceição, e craques como Véron, Stankovic, Nedved, Mancini, Ravanelli, Salas entre outros. Venceu ainda duas taças de Itália (1998 e 2000), duas supertaças italianas (1999 e 2001), um troféu da Taças das Taças (1999) e uma Supertaça Europeia (1999).

Em 2002, mudou-se para o AC Milan. Um ano depois de Rui Costa e Pippo Inzaghi. O treinador era Carlo Ancelotti e jogou com jogadores como Maldini, Costacurta, Rivaldo, Shevchenko, Redondo, etc etc... Foi neste colosso italiano, onde jogou entre 2002 e 2012, que chegou ao topo do mundo. Ganhou apenas dois scudettos (2004 e 2011), mas venceu dois troféus da Liga dos Campeões (2003 e 2007). Em 2007, venceu um Campeonato do Mundo de Clubes. Aqui, também venceu a Supertaça
Europeia, e por duas vezes (2003 e 2007), a primeira frente ao FC Porto. O defesa italiano conquistou ainda uma Taça de Itália (2003) e duas supertaças italianas (2005 e 2012).

Ao serviço da selecção conquistou o Europeu sub-21 em 1996 e o Mundial em 2006, no qual apenas disputou apenas 197 minutos, Materazzi foi o eleito para jogar ao lado de Fabio Cannavaro.



Brasil e Portugal: meios irmãos ou nem isso

O Brasil e Portugal são como eu e o João. Somos irmãos, mas não somos nada parecidos. O Brasil tem 200 milhões de habitantes e Portugal apenas 10, o que quer dizer, matematicamente, que um brasileiro tem uma probabilidade 20 vezes inferior de ir à sua selecção. Também quer dizer que o Brasil mais facilmente consegue construir uma melhor equipa. Verdade? Não necessariamente.

Começando pela segunda afirmação, miraculosamente Portugal tem conseguido construir equipas tão ou mais fortes que o Brasil. Com menos opções, com menos encanto, mas essa é a realidade. Quanto à probabilidade de envergar o equipamento nacional e de ouvir o hino num estádio cheio de adeptos, os 19 meses que se seguiram ao mundial de sub 20 de 2011 vêm contradizer-me.

Daquela equipa portuguesa que conseguiu um brilhante segundo lugar em 2011, apenas Nélson Oliveira conseguiu ir à selecção principal, mesmo sem jogar muito no seu clube. Desde que rumou à Corunha, que tem sido esquecido por Paulo Bento e pelo imaginário português, que ansiava por um goleador regular.

No Brasil, todos têm tido as suas hipóteses. É certo que o Brasil joga mal, e que já está qualificado, o que permite experimentar jogadores, mas penso que isso não é desculpa nenhuma. Joguem no Brasil ou numa liga qualquer mais interessante, todo o brasileiro tem a sua oportunidade.

Num mundial onde as duas grandes estrelas não estiveram presentes, Lucas e Neymar, muito se esperava de Oscar, Lamela e James. Destes três, apenas o brasileiro brilhou. Foi o único a ter uma hipótese na equipa principal do Brasil? Não.

Alex Sandro, que até falhou o mundial por lesão, já teve algumas oportunidades no escrete. Também o seu colega do Porto, Danilo, já teve a sua oportunidade. Juan, Oscar, Gabriel, Philippe Coutinho e Bruno Uvini também se mudaram para a Europa e já vestiram a mítica camisola. Mas não se pense que só quem vai para a Europa tem essa oportunidade. Fernando e Casemiro, este último agora emprestado ao Real Madrid, também já jogaram pelo Brasil.

Contas feitas, temos oito jogadores deste mundial, mais Alex Sandro, Neymar e Lucas. Apenas Gabriel Silva, Henrique e Willian José, dos 11 que jogaram a final de início, não foram ainda à equipa principal do Brasil. Gabriel Silva joga na Europa, mas apenas jogou graças à lesão de Alex Sandro. Henrique é a maior desilusão, pois foi o melhor marcador da competição, mas após o mundial tem andado de clube em clube, sem nunca se fixar. Willian José continua pelo Brasil, e dificilmente irá entrar numa convocatória de Scolari.


Jorge Garcia

quarta-feira, 27 de março de 2013

Apostas online: não seguiu os nossos conselhos? Deixe lá, foi só mais uma má decisão na sua vida

Apreciação da ronda de apostas (veja aqui as previsões)

Para uma primeira ronda de previsões, o resultado foi aceitável. Tivemos uma percentagem de acerto de 70%, ou seja sete em 10. Quando submeti estas hipóteses, confessei que não tinha muita confiança na Argentina e na Colômbia, e estive prestes a retirá-las, mas pensei que com aquelas odds seria um risco muito aceitável. Erro meu.

Contas feitas, se me seguiu e colocou, por exemplo, 10 euros em cada aposta terá obtido um lucro de seis euros, ao qual é preciso retirar cerca de um euro para a Betfair, perfazendo cinco euros. Dado que eram 10 jogos, cinco euros correspondem a 5% de ganhos, o que pode parecer pouco, mas se conseguir ganhar dinheiro ao mesmo ritmo, num mês conseguirá mais de 432 euros.

Isto serve para justificar, que mesmo para um “punter”, ou seja, para quem aposta inicialmente num dos resultados e vai até ao fim com a sua convicção, este resultado não foi mau. Claro que um apostador deste género tem de ter altas percentagens de acerto, e de preferência das odds mais elevadas. Neste caso, a odd mais elevada era a de Espanha que correu bem, mas a Colômbia, Argentina e Japão, que também eram muito altas, falharam.


Por outro lado, se tiver feito algum “trading” pode ter-se livrado de alguns apuros, ou ter tido o azar de retirar uma aposta que viria a ser ganha. Ao usar o “trading”, o apostador tenta diminuir o risco ao mínimo, estando disposto a sacrificar uma parte pequena do lucro. No caso desta ronda de apostas, o bom “trader” teria retirado o dinheiro, no que respeita aos jogos ganhos, no jogo do Egipto, após o primeiro golo. Todos os outros jogos eram para levar até ao fim. A Croácia, por ter sofrido cedo e empatado já tarde, nunca houve oportunidade para retirar o dinheiro, foi preciso deixar andar e pedir ajuda divina.

Quanto às apostas perdidas, um bom “trader” teria evitado entrar no jogo da Argentina, mas dificilmente se escapava a perder dinheiro no jogo do Japão e no jogo da Colômbia, que foram confrontos que rapidamente começaram mal, e onde não havia indícios claros que as equipas pudessem não estar tão fortes. É certo que Honda e Nagatomo não jogaram pelo Japão, e que Gutiérrez começou no banco, mas o poderio destas equipas era muito superior ao dos seus adversários. A única escapatória, no caso do Japão, era jogar no pré-mercado, algo que explicarei mais à frente.


Apostas ganhas


Sobre a aposta na Nova Zelândia há pouco a dizer. O primeiro golo surgiu logo no terceiro minuto, o que baixou a odd e permitia a um jogador inteligente realizar um “cash out” proveitoso em menos de nada. Se manteve a confiança, teve de esperar até aos 88 minutos para confirmar a sua aposta, quando surgiu o segundo golo.

Portugal correu como previsto. A selecção ganhou 2-0, mas apenas com golos na segunda parte. Apesar de ter demorado, O Azerbaijão teve um jogador expulso o que aumentou a confiança num bom resultado. Para além disso, Portugal colocou dois pontas de lança e dispôs de inúmeras oportunidades antes dos golos. Neste caso, penso que não seria necessário retirar a aposta após o primeiro golo, embora Portugal trema após marcar.

A Holanda foi talvez a aposta mais tranquila. Ganhou 4-0 e a vitória nunca esteve em causa. Comprovou porque é a melhor equipa da zona euro, com um registo 100% vitorioso, mesmo com uma equipa a milhas das grandes selecções que o país já teve.

A Espanha, tal como eu previa ao tê-la colocado nos “long shots”, teve um jogo complicado, mas onde tudo ficou mais fácil após o golo e após a expulsão de Pogba. Sabemos que quando a Espanha se apanha a ganhar, tal como o Barcelona, é muito complicado perder um jogo, pois tem sempre a posse de bola. Xavi e Xabi Alonso jogaram mas Silva e Alba não, e confesso que isso me fez ponderar o meu palpite.

A Croácia foi um jogo de cortar a respiração. Primeiro, ao ver que Bale ia jogar, confirmando que Chris Coleman estava a mentir quando afirmou que não ia utilizar o jogador. Fez um golo, mas a Croácia acabou a virar o jogo, já bem perto do fim.

O Egipto pareceu-me forte, tanto em campo como na equipa apresentada, onde só faltava Ahmed Hegazy. Acabou por ganhar, mas a altura a retirar o dinheiro investido seria depois do primeiro golo, por volta do minuto 70, quando a odd era já muito baixa. Este era um jogo muito difícil de visualizar, até mesmo na Internet.

A Bélgica fez aquilo que se esperava, ou seja, ganhou. Poupou alguns bons jogadores, com a certeza de que iria ganhar, não o fosse ter feito na passada sexta-feira, fora, contra a mesma Macedónia. A vitória foi pela margem mínima, só chegou ao minuto 62, mas sofrer faz parte de quem aposta.


Apostas perdidas

Jordânia – Japão


Este jogo teve três fases distintas, onde, a meu ver, com muito talento teria retirado dinheiro, mas muito mais facilmente teria perdido, nem que fosse marginalmente.

Quando abordei a odd do Japão, ela estava a 1,62. Nestes jogos aconselhei a esperar pelo início do jogo, pois a odd tende a subir, e de que maneira neste caso, para 1,75. Podia também fazer um "lay" (apostar contra) ao Japão, e no início do jogo apostar a favor, de onde teria retirado cerca de 12 cêntimos por euro (odd a favor estava a 1,62, logo a contra deveria estar a 1,63, pelo que 1,75 menos 1,63 dá os tais 12 cêntimos). A esta chama-se apostar no pré-mercado, que se faz quando há a ideia que uma odd não está correcta.

Ao ver o 11 inicial, constatei que Honda e Nagatomo, duas das estrelas, não estavam presentes. Nagatomo não participou em dois dois quatro jogos que o Japão não ganhou, sendo que Honda não participou em três, estando apenas presente num dos empates. Honda é o segundo melhor marcador com quatro golos em cinco jogos.

Em princípio seriam ausência de vulto, mas o Japão é uma equipa que preza a competitividade dos seus jogadores, e não o local onde jogam, razão essa para dois dos cinco jogadores que mais jogam actuarem no campeonato nipónico. Na fase 4 das eliminatórias asiáticas o Japão está a jogar muito melhor que na anterior. Tudo isto são ingredientes com muitos prós e contras. Jogar sem aqueles dois jogadores não é bom sinal, mas em princípio o Japão tinha equipa para brilhar.

Neste caso, nem o 11 agradou, nem o jogo em si, por isso esta era uma daquelas apostas em que poderia engolir o orgulho e retirar a apostas antes do golo da Jordânia, com perdas marginais. Se tiver demorado demasiado, já não vale a pena sair da aposta, visto que a Jordânia se apanhou a ganhar 2-0.

Venezuela – Colômbia

Tenho de confessar que para além de não ter visto este jogo, nem sequer acompanhei a evolução do seu resultado. Dado que o golo da Venezuela foi muito cedo, penso que pouco ou nada se poderia fazer aqui. Era preciso assumir que o dinheiro ia continuar em jogo até uma possível cambalhota, algo que não se veio a verificar. Alertei que era uma previsão de risco, mas a odd compensava.

Muitos dos bons jogadores colombianos estavam no banco, mas isso é algo que tem acontecido com frequência, excepto com Gutiérrez, habitualmente parceiro de Falcao na frente de ataque. Jackson voltou a não sair do banco, tal como Fredy Guarin e Zapata, três jogadores que me parece que merecem ser titulares, de forma inquestionável.

Bolívia – Argentina

Um jogo onde qualquer “trader” com algum cérebro nunca teria entrado. Ao ver o 11 inicial e mesmo o banco da Argentina, percebi imediatamente que nunca deveria ter sugerido este jogo. A Argentina até pode estar em primeiro lugar do grupo, até pode ter Messi, mas jogar em La Paz é doloroso. Consta que Messi vomitou ao intervalo e Di Maria precisou de receber oxigénio.

No 11 e até no banco faltavam jogadores como Higuaín, que tinha bisado na sexta-feira, Aguero, Pastore, Tévez, Jonás Gutiérrez, Lucho, Enzo Perez, Salvio, Ricky Álvarez, Otamendi, Burdisso, e Demichelis, que me parece que tinham mais que qualidade para jogar nesta selecção. Ainda assim, o jogo deu a oportunidade aos apostadores de retirarem a aposta, com perdas marginais, logo após o empate de Banega ao minuto 44.


José Azevedo

Lembra-se de Christian Panucci? Veja onde anda...

Um dos defesas que sempre mais gostei, seja na realidade, seja nos jogos de CM (Championship Manager). Uma carreira longa, que começou em 1991 no Génova e acabou em 2010 no Parma. Jogou em grandes clubes e, por isso, não deixa de causar estranheza ter conquistado apenas cinco troféus em 19 anos de carreira. O italiano, hoje com 39 anos, conseguiu até a proeza de vencer mais Champions do que campeonatos nacionais.

Panucci jogou no Génova (1991-1993), AC Milan (1993-1996), Real Madrid (1996-1999), Inter (1999/2000), Chelsea (2000/2001), Mónaco (2000/2001), Roma (2001-2009) e Parma (2009/2010).

Ganhou uma Liga Espanhola pelo Real Madrid (1997),  dois troféus da Liga dos Campeões (Milan: 1994; Real Madrid: 1998), Intercontinental (Real Madrid: 1998) e, finalmente, uma Taça de Itália com a Roma (2007).

A vitória mais importante da sua carreira terá sido, porventura, a da Liga dos Campeões pelo AC Milan (1994), numa vitória impressionante por 4-0 contra o Barcelona (veja aqui).

Entre 2011 e 2012 foi director de futebol do Palermo. Hoje, é adjunto de Fabio Capello na selecção russa, aquela que estragou os planos a Portugal. Não estranha esta ligação, visto que Capello era o treinador de Panucci na vitória na Liga dos Campeões pelo AC Milan. No triunfo na Liga Espanhola (1997) também estiveram juntos no barco 'merengue'.

Reza a história que Panucci tem uma espécie de episódio divino na sua história de vida. Em 1996, tinha um voo marcado num aeroporto norte-americano mas acabou por se atrasar e perder o voo. O avião acabou por cair...

terça-feira, 26 de março de 2013

Oh Scolari, pimbolim é matraquilho pô

A grande notícia para os brasileiros é que estão apurados automaticamente para o Mundial 2014. Se eu fosse brasileiro, estaria muito preocupado... muito. Sim, Portugal está terrível, mas Brasil é Brasil. Por isso, a minha preocupação é uma homenagem desajeitada. Brasil é técnica, Brasil é qualidade, Brasil é alegria, mobilidade e golo. Ou era...

Scolari ainda não venceu desde que assumiu a canarinha. Se com Mano Menezes as evoluções foram poucas, com Felipão o que espero mesmo é bandeirinhas nas janelas e um povo a empurrá-los para o golo na hora do Mundial caseiro. Isso, ele normalmente consegue: empatia em torno da equipa nacional.

Analisemos a equipa que jogou com a Rússia (1-1):

Júlio César, Dani Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo, Fernando, Hernanes, Kaká, Oscar, Neymar e Fred

Primeiro erro para mim é Kaká jogar. Não dá, lamento. Parece que um ladrão lhe roubou a frescura física toda e ainda alguns pózinhos da técnica que tinha. Ao colocar Kaká, colou Oscar à linha. Tudo errado... Se Scolari está tentado em meter os meninos dantes ( e os 'craques') a jogar não vai correr bem. Eu admirava muito o Kaká do Milan, provavelmente era o melhor do mundo na altura, mas acabou.

Quanto ao guarda-redes, nada a dizer. A defesa é belíssima se pensarmos a nível individual mas tem alguns problemas. Os laterais não são muito agressivos e fortes na bola, e não conseguem subir muito no terreno porque o Brasil conserva pouco a bola. Depois, três dos quatro são muitas vezes negligentes (excepção para Thiago Silva, naturalmente).

O meio-campo é um problema. Se isto não fosse o Brasil, claro que diria que era mais que aceitável. Gosto bastante do Hernanes, é sempre bom quando não conseguimos perceber bem com que pé joga alguém. Mas Fernando é um jogador normal, prefiro Luiz Gustavo do Bayern Munique, ainda mais forte mas com outra qualidade na saída de bola. Kaká, como disse, não dá. A 10 deveria jogar Oscar. Na transição defensiva, Hernanes e Fernando posicionavam-se rapidamente no seu lugar, derivado também de jogarem muito fixos e esse é um dos grandes problemas deste Brasil. Mas a lenta recuperação de Kaká e o "esquecimento" de Neymar por vezes desequilibra a equipa e isso contra equipas europeias mais fortes será bem explorado. Sim, falta Ramires. O ex-jogador do Benfica vai fazer a diferença, tanto na transição defensiva, como a chegar perto da área quando o Brasil tem bola. Haja pulmão 'queniano azul'.

Depois, Neymar e Fred. Bom, de Neymar ainda desconfio muito, ainda que diga que tem muita técnica mesmo, mais até que Cristiano Ronaldo (técnica de drible)... Mas quando joga com jogadores mais rápidos e mais fortes do que no Brasileirão ele tende a desaparecer. Quantas bolas perdeu? Gostava de ter essa estatística. Egoísta, com um estatuto inacreditável para a idade que tem... quem se atreve a não passar aquela bola ao Kaká quando este lhe passou nas costas (do lado esquerdo) é de alguém com estatuto, digo eu. O avançado Fred foi o melhor marcador do Brasileirão e está ok, mas se o Brasil vive tanto da transição rápida mais valia um avançado móvel e velocista, será que há? Não sei, Pato está arrumado... não está fácil. Que saudades de R9, han galera?

O Brasil 2013 é fraco na transição, parte-se demasiadas vezes. Mostra pouca mobilidade, jogam muito longe uns dos outros. O Brasil faz pouca posse de bola. Este é um Brasil pouco brasileiro.

Comparemos esta equipa com a que venceu o último Mundial (2002), também com Scolari no leme:

Marcos, Cafu, Lúcio, Roque Júnior, Roberto Carlos, Edmílson, Gilberto Silva, Kléberson, Rivado, Ronaldinho e Ronaldo

Aqui está uma equipa que quase desmente tudo o que disse em cima... mas vou tentar bater-me. A grande diferença passa por dois factores: experiência colectiva e técnica individual dos avançados. Na verdade, apetecia-me mencionar só um factor: existia Ronaldo e pronto. Talvez o melhor avançado que vi jogar, quem sabe não se tornaria o melhor jogador de sempre, sacana do joelho...

A defesa experiente de 2002, ainda que Roque Júnior deixe algo a desejar, não se compara a nível individual com a defesa de 2013 – se bem que os jogadores modernos parecem menos sérios, com menos compromisso, estarei a ser injusto talvez. A seriedade de Cafu e Roberto Carlos é incomparável com a de Dani Alves e Marcelo (injustiça n.º2?). O meio-campo, na verdade, mete medo. Scolari provavelmente achou que seria sensato colocar um meio-campo musculado contra uma Alemanha que é sempre forte e acabou por vencer (2-0, R9 dois golos). Para o ataque não há palavras, era magia pura. Ronaldo foi o melhor marcador do Mundial 2002 com oito golos. E aquele pé esquerdo do Rivaldo? Enfim...

Futsal: Ricardinho e primeira derrota do Sporting agitaram as águas

Nas últimas semanas foram duas as notícias em grande destaque no mundo do futsal: a possível ida de Ricardinho para a equipa espanhola do Inter Movistar e a primeira derrota do Sporting para o campeonato.

Começando pela derrota do Sporting, começo por referir que não vi o jogo como tal não me vou pronunciar sobre o jogo em si. Esta derrota não pode colocar em causa o grande campeonato realizado até ao momento pelo Sporting. Não é qualquer equipa que consegue obter um total de 21 vitórias em 22 jogos, com 123 golos marcados e 28 sofridos.

É um facto que nos Açores e com o Cascais em casa os sportinguistas sentiram muitas dificuldades para vencerem. Ainda assim, após essas vitórias sofridas, conseguiram dois grandes resultados perante as boas equipas do Módicus e dos Leões de Porto Salvo. Julgo que perante tais acontecimentos as restantes equipas começaram a ver que seria possível vencer o Sporting. Quem aproveitou foi o Rio Ave, que venceu os "leões" por 3-1, em Odivelas (casa do Sporting).
Resta agora ver como é que o Sporting vai reagir perante tal situação. Será que o Olivais irá conseguir repetir tal proeza?

No que ao mágico concerne, confesso que foi com tristeza que soube que a transferência para a equipa do Inter Movistar não passava de um boato. Há muito tempo que digo que gostaria de ver Ricardinho jogar em Espanha. Parece que esteve perto mas, segundo o próprio, o seu futuro deverá passar por Portugal ou Itália.

Um jogador como o Ricardinho seria uma mais-valia para a equipa do Inter Movistar e para a Liga Espanhola. É um jogador com uma qualidade técnica acima da média e com muito qualidade táctica, quer ofensiva quer defensiva. Numa equipa com muito bons jogadores, casos de Bateria, Rafael, Álvaro entre outros, e que tem como seu ponto forte a qualidade táctica, julgo que a irreverência do 10 iria emprestar magia ao Inter... Não duvido que Ricardinho seria a revelação da Liga Espanhola e que rapidamente todos se iriam curvar aos seus pés. Resta-nos esperar pelas cenas dos próximos episódios para ver como termina esta “novela”.

Fique com um vídeo para se deliciar com a qualidade de Ricardinho.




Alguns sites úteis
http://www.sporting.pt/futsal.asp
http://www.lnfs.es/
http://www.cantinhofutsal.com

Sabe quem é a equipa que oferece mais goleadas aos seus adeptos? Pfff, holandesa claro...

fonte: www.zerozero.pt

Goleadas são sinónimo de uma boa classificação. Esta é a conclusão que podemos retirar deste quadro, que nos apresenta as equipas mais goleadoras de toda a Europa. Das nove equipas apresentadas, sete encontram-se em primeiro lugar nos seus campeonatos, sendo que das duas que estão em segundo, uma delas, o Real Madrid, joga na mesma divisão que o Barcelona, uma equipa que também se encontra presente aqui.

Neste quadro temos colossos europeus, como o Bayern de Munique, o Barcelona e o Real Madrid, mas também equipas de campeonatos mais fracos, como o Dinamo Tbilisi, o TNS e o Lusitanos.

Destaque ainda para o Benfica, que em apenas 23 jogos conseguiu impôr nove goleadas, o que o torna numa das equipas com mais poderia ofensivo da Europa. Em primeiro lugar destacado segue o PSV, que goleou 12 vezes em apenas 27 jogos, e, surpreendentemente, não ocupa o primeiro lugar da liga holandesa, que pertence ao Ajax, uma equipa que defende melhor, mas que, essencialmente, é mais consistente.

Sem surpresa, o Shakhtar Donetsk segue no segundo lugar da lista, num campeonato que é sempre seu dos últimos anos para cá. Esta equipa está cada vez mais forte na Europa, tendo sempre como objectivo uma boa classificação na Liga dos Campeões.

Jorge Garcia

segunda-feira, 25 de março de 2013

Gosta de apostas online? Veja as melhores odds de 26 e 27 de Março

As odds para este segmento de apostas são retiradas da Betfair, que é para nós a melhor casa do segmento, pois permite efectuar correcções ao longo do jogo através de um 'trading' eficiente.

Estas análises não dispensam a visualização do jogo, de modo a perceber se a convicção inicial se mantém, através da inclinação do jogo. Um apostador sábio procura reduzir os riscos, por isso a não vitória das equipas escolhidas não é fundamental, desde que estas façam o suficiente para que a odd inicial com que os apostadores entraram possa baixar, permitindo um 'green book', através do botão 'cash out'.

Perder todo o valor da aposta é pior do que perder apenas uma pequena parte. Se não se sente confiante, faça o 'cash out' a perder apenas uma parte do que investiu, em vez de esperar pelo jogo inteiro por algo que sabe que não vai acontecer.

As apostas mais interessantes para os dias 26 e 27 de Março, na corrida por um lugar no Mundial 2014

Apostas fortes (as que recomendamos vivamente)


País de Gales – Croácia 19h45

Este jogo é a grande aposta desta publicação. Uma das melhores equipas da Europa, como anteriormente foi dito, contra uma equipa com uma ou duas estrelas por geração. Azar dos azares, para este jogo o País de Gales apenas pode contar com Ramsey, já que Gareth Bale e Joe Allen se encontram lesionados. Por esta razão, aliada ao factor da invencibilidade croata, esta é a grande aposta a fazer, com uma odd de 1,73. Para além do mais, a Croácia vem de uma vitória fácil, por 2-0, contra a grande rival Sérvia, provando que é capaz de marcar, mesmo quando joga contra uma das melhores defesas do mundo. Em Outubro, a Croácia venceu por 2-0 o País de Gales.

Jordânia – Japão 14h

Na zona asiática, o Japão é rei e senhor, líder destacadíssimo do grupo B com 13 pontos em 15 possíveis. Para termos uma noção, as restantes equipas têm cinco e quatro pontos. O Japão joga com a Jordânia, e sabemos que um jogo fora nunca é fácil, mas a facilidade com que o Japão derrotou esta equipa na primeira volta, por uns expressivos 6-0, deixa-nos convencidos de que vale a pena arriscar perante uma odd de 1,62. O Japão marca quase três golos por jogo, e apenas sofreu dois golos nos cinco jogos. Honda, Kagawa e Nagatomo são as grandes estrelas de um conjunto recheado de jogadores a actuar na Europa.

Holanda – Roménia 19h30

A melhor equipa da zona euro contra uma boa equipa. A Holanda segue com cinco vitórias noutros tantos embates. Na Roménia aplicou uma goleada de 4-1 à equipa da casa, por isso, uma odd de 1,34 parece-nos muito apetecível. Sneijder saiu tocado no último jogo, mas nada que esmoreça as nossas convicções. Fora essas cinco vitórias, a equipa de Van Gaal conseguiu empatar com a Alemanha e a Itália, duas das equipas mais fortes da Europa. A Roménia ganhou à Austrália, mas foi cilindrada pela Polónia.

Apostas suaves (odds baixas e quase certas)


Ilhas Salomão – Nova Zelândia 04h

Com uma odd de 1,33 na Betfair, a 100% vitoriosa Nova Zelândia é a favorita para este jogo. Em cinco jogos de qualificação soma o mesmo número de vitórias, ao passo que as Ilhas Salomão somam apenas três pontos, fruto de uma vitória caseira. Pelo meio, a Nova Zelândia teve ainda um empate, num amigável, com a China. Uma vitória por 2-1 contra a Nova Caledónia, na passada sexta-feira e já depois do tempo regulamentar, criou uma odd mito apetecível para aquela que é de longe a equipa mais forte do grupo. De registar, que ao contrário de qualquer de todas as outras zonas de apuramento para o mundial, esta é a única com uma percentagem de vitórias fora superior aos empates e às vitórias em casa (43%).

Egipto – Zimbábue 17h

Jogo sem muita história. Uma das melhores equipas africanas, contra uma das mais fracas. O líder do grupo com duas vitórias noutros tantos jogos, contra o último classificado, com um ponto e zero golos marcados. Os últimos dois jogos entre estas equipas registaram um 2-0 a favor do Egipto. O Zimbábue apenas regista uma vitória contra o Egipto, em casa, e em 1994. A odd de 1,23 é baixa, mas reflecte a facilidade desta aposta. O Egipto tem realizado uns amigáveis desastrosos, excepto neste último, em que cilindrou a Suazilândia por 10-0. Parece-nos que é uma equipa que quando é a sério, esforça-se e consegue bons resultados.

Azerbaijão – Portugal 17h

Portugal não está bem. As suas últimas duas vitórias foram em Setembro, sendo que a última foi por 3-0, contra este mesmo Azerbaijão. Nani e Ronaldo não jogam, o que a meu ver é bom, pois vai obrigar a equipa a jogar colectivamente e a utilizar jogadores que têm passados despercebidos, mas que estão em grande forma, como Vieirinha, Danny e Pizzi. Uma odd de 1,31 parece-nos uma boa aposta. Em cinco jogos, o Azeribaijão apenas perdeu contra Portugal e Rússia e averbou três empates contra as restantes equipas. Recentemente ganhou um amigável ao Liechtenstein. Portugal está a entrar naquela fase em que precisa de ganhar, e quando o tempo escasseia somos bons.

Bélgica – Macedónia 19h45

A Bélgica, juntamente com a Croácia, são duas das melhores equipas da Europa, neste momento capazes de fazerem Portugal passar uma vergonha. Curiosamente estão no mesmo grupo, e seguem ambas com 13 pontos, tantos como a Bósnia, a Alemanha e o Montenegro, que apenas são superadas pela Holanda, na Europa inteira. Em jogos a sério a Bélgica não perde com ninguém, tendo somente empatado com a Croácia. Já a Macedónia de Pandev, apresenta resultados muito irregulares, e depois de ter perdido sexta-feira por 2-0, com a mesma Bélgica, e a jogar em casa. Uma odd de 1,24 chega e sobra para ser tentadora.

Long shots (apostas com boa odd mas de difícil concretização)


Bolívia – Argentina 20h

Desde 12 de Outubro que a Argentina, líder isolada da zona sul americana, não sabe o que é perder. Curiosamente, a última derrota foi infligida pela Venezuela, uma equipa que no passado Sábado perdeu por expressivos 3-0 contra a Argentina. Por outro lado, a Bolívia encontra-se no penúltimo lugar da zona de qualificação, e a precisar de um milagre para se conseguir apurar. A Bolívia chega a este jogo vinda de uma derrota na passada sexta-feira por 5-0, contra a Colômbia. Esta derrota pôs fim a 4 jogos sem perder. Uma odd de 1,81 para os argentinos é algo que se deve aproveitar, pois é raro uma provável vencedor ter uma probabilidade tão elevada. Atenção que as vitórias fora escasseiam na zona sul americana (18%).

Venezuela – Colômbia 00h

Este é um jogo perigoso, mas uma odd de 2,24 para a Colômbia vale muito a pena. A equipa de Jackson, James e Falcao segue no segundo lugar da zona sul americana, parecendo ser a única capaz de roubar o primeiro lugar à Argentina. A sua frente de ataque é mortífera, basta pensar que Jackson é suplente, e mitas vezes nem sequer entra em campo. Tem o segundo melhor ataque e a melhor defesa da América do Sul. A Venezuela ocupa um honroso 5º lugar, e conseguiu um empate na Colômbia, mas acreditamos que a onda de maus resultados vai continuar. Perea, Zapata, Guarin, James, Jackson, Falcao e Gutiérréz parecem-me suficientemente bons para trazer a vitória para a Colômbia.

França – Espanha 20h

Será que é desta que a Espanha tomba? Parece a altura perfeita. Vai jogar fora, contra uma das melhores equipas da Europa, e se não ganhar, dificilmente escapará a uma ida aos playoffs. Não acredito que a Espanha deslize mais uma vez, ainda por cima em jogos seguidos. Regra geral, a armada espanhola percebe bem os avisos e recompõe-se, tal como a equipa se apresentará recomposta, já com Xavi e Xabi Alonso, os dois pêndulos da selecção. Esta é uma aposta de fé, com uma odd de 2,38, para a, ainda assim, favorita Espanha.


José Azevedo