terça-feira, 9 de abril de 2013

Promessas em 2009 vs Realidade em 2013

Promessas são tão só, e apenas, promessas. Em 2009, a revista Times elegeu as 50 maiores promessas do futebol mundial. Desde então, passaram-se quatro anos, e a maioria desses jogadores deram o ambicionado salto nas carreiras. Contudo, também houve outros que ainda não explodiram, e alguns acabaram mesmo por implodir.

Nos primeiros 20 lugares da lista, destacam-se alguns jogadores que se revelaram verdadeiras estrelas, mesmo após o salto, como são o caso de David Silva, o maestro do campeão Manchester City e da roja; Radamel Falcao, o ponta de lança mais cobiçado do mundo, que apesar de não ter dado o salto esperado, quando se transferiu do Porto para o Atlético de Madrid, tem continuado a impressionar, e espera-se que chegue a uma grande equipa no final da época; Ángel Di María, o extremo que se transferiu do Benfica para o Real Madrid, de quem se esperava um eterno período no banco, com jogadores como Kaká e Ronaldo nas alas, que conseguiu roubar a titularidade ao brasileiro, tornado-se assim um dos principais obreiros do título de 2012; Thiago Silva, considerado por muitos o melhor central do mundo, capitão da canarinha, mudou-se do AC Milan para o PSG, à procura de atingir o estrelato mundial, uma aposta que parece estar agora ganha.

Penso que não devemos menosprezar outros três jogadores da lista, que em 2009 actuavam já em boas equipas, mas que ainda não foram transferidos. Estamos a falar de Jack Wilshere, Claudio Marchisio e Marek Hamsik. O primeiro, embora afectado por algumas lesões, é um dos esteios do meio campo dos gunners, bem como um membro importante da selecção inglesa. O segundo é presença assídua no meio campo da Juventus e da selecção italiana. O terceiro, é um dos jogadores mais importantes do Nápoles, juntamente com Cavani, e que seguem na perseguição à Juventus no campeonato italiano.

Resta-me apenas falar de mais três jogadores, que são as verdadeiras incógnitas destas lista. Refiro-me a Benzema, Lavezzi e Balotelli. Todos deram o salto, todos jogam nas selecções dos seus países, todos já provaram serem bons, mas nenhum deles provou ser constante nas suas exibições. Estes três jogadores já custaram aos clubes por onde passaram mais de 30 milhões de euros, e durante algum tempo esse dinheiro foi visto como um bom investimento, mas nem sempre foi assim.

O caso mais claro é o de Balotelli, que custou 30 milhões ao Manchester City e que ainda fez algumas boas exibições, contudo, em número muito inferior aos escândalos que protagonizou. Agora o jogador parece ter reencontrado a boa forma, depois de um Euro 2012 muito positivo e de uma segunda metade de campeonato, já no Milan, numa transferência avaliada em 20 milhões de euros, cheia de golos de enorme importância para o clube.

Quanto a Hernanes, o sucessor de Kaká, é o médio mais importante da Lázio, uma equipa de segunda linha italiana, e é também presença no meio campo do Brasil. É um bom jogador, e tal como Falcao, não quis dar um passo gigante, mas parece-me que pode não ter pernas para dar um novo passo, em direcção a um clube maior na Europa.

Do 21º ao 50º da lista, só há três jogadores que atingiram a fama mundial, actuando em clubes de renome, como na respectiva selecção nacional. Curiosamente, estas três vedetas ocupam apenas o 32º, 34º e 37º lugares da lista.

São eles Robert Lewandowski, ponta-de-lança polaco do Dortmund, cobiçado por meio mundo, e que, provavelmente, deverá rumar a outras paragens no final da presente época; Sebastian Giovinco, o pequeno avançado habilidoso da Juventus, o melhor clube italiano, que começa agora a ganhar o seu espaço na squadra azzurra; por fim, Mesut Özil, o médio alemão de origem turca, que atingiu o auge com a sua ida para o Real Madrid, onde esteve muito forte na época passada, a um nível ainda não visto na presente temporada.

Confira aqui a lista das 50 promessas

Jorge Garcia

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